Reino dos HITTs: a Terra do Nunca (crônica)

Reino do diHITT: a Terra do Nunca

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Dizem que existe uma Terra Encantada. Lá habitam seres alados, gnomos, duendes, sapos, elfos e fadas. As fadas são as mulheres do elfos. Com sua varinha de condão, dão asas as nossas imaginações e nos permitem voar.

Contudo, nesse reino encantado, também existiam disputas pelo poder e muitos queriam ser o preferido do rei, que não tinha um herdeiro para ser o seu príncipe, o seu sucessor. O rei então pensou numa fórmula mágica para escolher seu príncipe e fez com que todos os pretendentes participassem de uma gincana. Criou-se então um ranking e todos podiam saber quem estava em primeiro lugar, ou melhor, nos primeiros lugares. Para ser o vencedor era necessário ser aceito pelos demais seres encantados como um legítimo herdeiro do rei. Isso significava ser um nobre, agir como um nobre e mais do que isso, parecer um nobre.

Ao final de algumas luas, seria declarado o vencedor. Todos estavam bastante ansiosos e vivendo a expectativa de ser o escolhido do rei. A gincana começou e, por fim, a fórmula mágica revelada. Não dependia apenas do desempenho individual de cada participante; era preciso ser votado pelos outros pretendentes a herdeiro ou príncipe. Além de votado, era preciso também ser bem falado e comentado pelos demais. Quando se aproximava o final da última lua e seria anunciado o grande vencedor, estava em primeiro lugar do ranking o nobre sapo. Eis que surge uma denúncia: O sapo na verdade era um impostor. Além de manipular o resultado da gincana, criou duas pererecas falsas, que se passavam pelo sapo e nunca poderiam ter sido descobertas, vistos que por habitarem o pântano ninguém sabia direito o sexo do sapo, nem sabiam mesmo distingui-lo das pererecas. O sapo foi execrado por todos os participantes; afinal não era justo todos pensarem que a disputa era um contra todos e todos contra um. Um sapo valia por três!

Eis que o rei resolveu anunciador seu vencedor. Todos esperavam de pé, quando então sua majestade para surpresa dos pretendentes falou:

Nessa Terra Encantada não existe um herdeiro, nunca houve, nem haverá um príncipe, nem sequer uma rainha. Essa Terra não pertence a mim, nem a ninguém, porque ela nunca existiu de verdade.  Lamento ter-lhes feito disputar algo imaginário, inconsistente e sem vencedores. O verdadeiro reino está escondido num lugar que somente vocês podem achar. Esse reino está com vocês, em cada um de vocês. Só é preciso acreditar.

Moral da História: O final da história é contada pela moral de cada um. O verdadeiro tesouro está dentro de nós.

hervalfilho

19 comentários em “Reino dos HITTs: a Terra do Nunca (crônica)

  1. Amei,pena que ñ sabemos o final da história.Faz tempo que esse conto está rolando na linda terra do dihitt.Bjus e amei sua criatividade

  2. Amigo, que fantástico texto. Me inspirou a criar um video belissimo com pequenas cenas editadas de contos de fada. Logico que sem faltar o meu personagem…PETER PAN. Gostei demais de me ver ali. Mas, e aquela sereia? Quem seria?
    ahahaha

  3. Boa! Sábios de todos os tempos deixaram essa mensagem mas tem coisa difícil de aprender na vida, essa está em 1º lugar. Vc conhece a lenda do pássaro azul? Além da lenda, tem o filme com Shirley Temple, ainda menina. O filme infantil tem uma filosofia bem adulta, como aliás muitas outras histórias encantadas.

    1. Oi, Carla!

      A lenda conta que se aparece um pássaro azul na sua janela quer dizer que você será muito feliz, mas ele é rápido. Você precisa prendê-lo numa caixinha de vidro e fazer um pedido.

      Abraços e obrigado pelo “sábio”…rs

  4. Olá meu amigo e querido Herval!
    Não poderia haver analogia mais perfeita do que essa criada por você! O melhor de tudo é que foi de um modo bem simples (incluindo ilustração para quem demora mais para entender…rs), mas que traz a grande mensagem: Aqui não é reino de ninguém!!! A internet é uma rede aberta, livre, cheia de usuários de todas as partes e com várias identidades. Me surpreende como os “experts” ainda não entendem isso! Amigo, não quero polemizar, não quero julgar, nem ser julgada…quero apenas paz. No meu reino sempre terá paz ou então procurarei outro!
    Como seria bom se pudéssemos apenas levar a vida, sem ofensas, com respeito ao próximo, com amor no coração, com bondade, solidariedade… Seria perfeito!
    Bom, estou cansada de tudo isso, de verdade.
    Grande beijo, querido! Parabéns pelo texto! Você, como sempre, maravilhoso!
    Jackie
    (ps: te liguei, mas você já tinha saído, OK?)

  5. Amigo Herval, esse texto foi o melhor que eu li nos últimos dias. As metáforas utilizadas para representar esse reino foram sensacionais. O seu brilhantismo foi impecável. Só posso me curvar diante de tanta grandeza. Parabéns pelo texto de primeiríssima qualidade. Abraços. Roniel.

  6. Herval, parabéns!

    O texto ficou um espetáculo. É uma moderna fábula acerca da falta de ética que também enlameia o mundo virtual. As metáforas, aliadas ao bom-humor, deram um toque especial à leitura.

    Excelente forma de criticar toda essa bagunça.
    Valeu mesmo, meu amigo. Abraços!

  7. Olá querido amigo Herval,

    Seu texto está muito bem elaborado, muito bem escrito, o que é habitual de sua parte, nos presentear com textos magníficos. Parabéns, mas fiz um comentário em forma de texto também:

    Nesse reino encantado, repleto de disputas para agradar ao rei e por ele ser escolhido seu herdeiro, há os ilustres seres especiais, como os gnomos, muitos outros e as fadas boazinhas que buscam seus ideais de justiça, desviam-se das falsidades e tentam livrar seus habitantes dos seres estranhos que vivem na natureza, pois acredita que essa é a sua forma de proteger o Reino, dirigindo seus pensamentos a realizar seus encantos com a finalidade primordial de deixar o reino cheio de encanto e magia, sem a maldade dos feiticeiros faceiros e cheios de rituais.

    A participação e a interação das fadas na vida cotidiana dos habitantes do reino eram bastante comuns. Pode-se dizer que em tempos de outrora, os humanos e os seres especiais da natureza relacionavam-se normalmente entre si. Mas, como a disputa para ser herdeiro do Reino estava muito acirrada, uma das fadas desempenhou seu papel principal como fada, para livrar os habitantes de um que com eles convivia e que não estava agindo com a verdade verdadeira esperada pelas fadas e por todo o Reino. Por ser fada e ter seus poderes, a fada tem certeza que agiu corretamente denunciando o competidor com atividades suspeitas e demonstradas por ela. Mas, há quem diga que as demonstrações que a fada apresentou não são bem apropriadas e em todo o Reino houve dúvidas, e ninguém dos habitantes, apesar das provas, ficou sabendo se a fada tem razão ou não, poque o delatado pouco falou ou se mostrou. Então, foi assim que a fada, criada para explicar certos fenômenos naturais para os quais a humanidade ainda não tinha respostas racionais e que agiu em prol de todos, acabou ficando só, afligida e achincalhada pela fértil imaginação dos súditos do rei.

    “O final da história é contado pelo moral de cada um. O verdadeiro tesouro está dentro de nós”.

    Tem os que não sabem o final dentro de si e ainda continua em dúvida. Outros olham para dentro de si e vislumbram um caminho, o da paz. Eu sei qual meu final e os demais, sabem o seu?

    Carinhoso e fraterno abraço,
    Lilian

  8. Olá amigo Herval!
    Adorei sua história! Depois li a versão da vovó Lili e também gostei, sabe por que? Porque os dois mostram que, infelizmente para a fada que tinha boa intenção ou para um principe que seja acusado amanhã, até injustamente, sempre haverá os que acreditam em uma versão, e os que acreditam em outra, quando não houver posicionamento também do acusado e tudo não ficar esclarecido. Infelizmente, é o preço a pagar, quando ficamos ofendidos, mas não queremos nos expor um pouquinho, só para nos defender, no sentido de pelo menos deixar clara a nossa intenção para o futuro, ou fazer os amigos saberem que não os traímos.
    É uma pena que isto aconteça. Fora a moral da história que fica para cada um, tenho que me lembrar que há coisas que realmente precisam ser reconhecidas em sua gravidade, como é o caso quando existem plágios, e apesar de não ter sido no meu tempo,o que é errado, é errado, não é mesmo? e vale para qualquer moral!e, agora me lembrei de Robmaia, que estava pensando só nisto, ao tomar “partido”.E concordo com ele, que isto é mesmo muito errado, em qualquer tempo e lugar, e reino.
    Agora, há coisas como chegar ao primeiro lugar da competição neste reino de sua história, e do dihitt que, para a moral da “minha história particular de vida” não são importantes não, pois o que é mais importante pra mim aqui, é poder escrever o que sinto, com o devido respeito aos amigos que me leem, e poder manter as amizades que fiz aqui,inclusive a do príncipe,se ele tiver atitudes que mereçam meu respeito. Respeito muitíssimo a Rosana e respeitarei o príncipe, se ele realmente não fez plágio. Nós podemos interpretar mal o outro ser humano,por não saber da verdade.Eu até respeitaria o príncipe,se ele tivesse me dito que não fez ou não faz plágio descaradamente,pois, o dia que não puder mais acreditar nas pessoas, ao falarem de suas motivações, será muito triste pra mim!
    Então, em resumo querido amigo Herval, concordo que cada um pode tirar a conclusão que quiser. Contudo, há certas atitudes mais sérias,como plágio, que não são corretas e não combinam se quisermos manter amigos que possam confiar em nós.Nem eu, que adoro ficar em cima do muro para ter melhor visão dos dois lados e evitar julgar, posso manter esta posição cômoda,e dar de ombros neste caso.foi o que aprendi aqui, neste acontecimento.
    Não fiz e não vou julgar ninguém aqui, mas é natural que, se o príncipe deste reino,querido por todos,tiver traído seus amigos com a atitude de plágio, deve estar preparado para a reação destes amigos,não é? Ou estaremos também dando exemplo de “moral nenhuma”, não é mesmo? Você gostaria de ser plagiado? Eu não. quanto ao ranking, acho que deveriam mudar algo nesta história…

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