comportamento,  televisão

Big Besteirol Brasil (crônica)

Caraca, tá difícil de engolir o formato batido e cansativo desse tal de BBB na sua décima (argh!) edição. Logo me vem à mente a década de 80, onde só tínhamos à venda os carros da Turma do PaCheCoPassat, Chevette e Corcel. A gente não aguentava mais a falta de opção. E o Bial, hein? Cada dia mais caricato. Eu tenho uma teoria, esdrúxula, diga-se de passagem, que o verdadeiro Bial morreu e esse é um clone dele. Como pode um ótimo jornalista, dono de textos e pautas inteligentes, se transformar num animador travestido de apresentador de reality show,  de gosto duvidoso, com personagem vazios de propostas, sentido, bom-senso, moral e futuro!?

Nessa edição, o Boninho teve a “brilhante” ideia de misturar um lutador com um emo gay, uma drag queen, uma lésbica e alguns heterossexuais simpatizantes. PQP, que caldo! De novo, pra variar, temos o clone do Bial como animador desse circo cheio de “heróis” e tome-lhe closes de bundas, peitos, tórax e coxas sarados. A receita está pronta na mesa e os telespectadores (tem gosto pra tudo, não é mesmo?) ficam vidrados na tela torcendo contra e a favor das celebridades instantâneas, gastando em ligações, comprando bugigangas com a marca BBB – isso durante 3 meses. Depois, os BBBs órfãos de cérebro, de script, de conteúdo e sem as câmeras, não duram muito tempo. Se alguém quiser, pode até criar um blog com o sugestivo título de “Que fim levou os ex-BBBs“.

Sinceramente, de tudo, o pior mesmo é ver o clone do Bial se esforçando em fazer nossos “heróis” entenderem seus textos inspirados cada vez mais naquelas entrevistas do Gilberto Gil, tipo assim, “A contemporaneidade pode ser questionada e sua hermenêutica nos leva a crer que os anos passam, o tempo voa e a poupança Bamerindus, infelizmente, sumiu. Contudo, meus heróis, vem aí o BBB 11

2 Comentários

  • Bárbara

    É simples comentar este seu texto, nem um pouco diplomático,rs. Basta se analisar a educação brasileira. Alguns colégios públicos estão sem aulas até agora (15/03), em galpões temporários – há sete anos -, sem banheiro, com aula de educação física somente em sala de aula… e a lista não termina aqui. Olhemos então para estas faculdades cujos professores, em sua maioria, não possuem mestrado… Os alunos que se salvam estudam em colégios particulares ou com histórico longo. Mas… todos têm chance de estudar em colégios particulares ou nestas faculdades? Não! É claro que a miséria vem diminuindo desde o governo Fernando Henrique, mas a classe baixa ou média baixa; deixa eu escrever no termo econômico correto: as classes C, D, E, F, e as demais, devem se preocupar com outras coisas mais importantes que escola particular, como por ex. um convênio de saúde – pois também não há saúde pública decente. E então? É possível se formar adultos com criticidade? Não! Adiciono outra situação: nem todos possuem condições para pagar canais fechados, onde existem programas muito mais aproveitáveis. E daí… programas como o BBB fazem sucesso.

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