Seis? Coisas que você não sabe sobre mim…

Os amigos….bem, sobre eles eu já escrevi num dos meus posts.

Queria apenas acrescentar que os amigos tem o dom de nos surpreender, positivamente, claro! Mesmo quando são amigos virtuais, que pela bela definição da Lilian ganharam um sentido especial para mim, porque segundo ela “Não há o contato de mãos que se apertam, de olhos que se cruzam, de lábios que trocam palavras, mas há muito mais: As mãos teclam palavras que são geradas no coração. As palavras são lidas pelo amigo através da tela do monitor. O efeito das palavras atinge o coração do outro e assim, vice e versa. Está formada a relação de amizade, pois o sentimento que é sentido por ambos, é verdadeiro. Adorei!

A minha amiga Denize Oliveira, do Blog da Comentarista, escolheu a mim e mais outros 5 “felizardos” para descrever sobre coisas e fatos a nosso respeito que pouca gente sabe. Ainda bem que eu não sou tímido e espero que os outros cinco, também. Então, sem mais delongas, vamos por partes, igual ao Jack, O Estripador.

1. Sempre fui persistente;

2. Sou muito autoconfiante;

3. Até 15 anos (1975)

Nasci, ou melhor, estreei – porque sou baiano e baiano não nasce, estreia – no apagar das luzes do ano de 1959, mais precisamente em 23 de novembro. Meus pais tiveram 5 filhos: duas mulheres antes de mim e dois homens depois de mim. Sou o que chamam de fiel da balança. Tive uma infância muito rica comparada com a dos meus filhos, porque subi em pé de árvore, joguei bola na rua, empinei pipa, que na minha terra chamamos de arraia e convivi com muitas pessoas humildes, porque em frente a minha casa tinha uma favela e eu não sabia disso. Para mim, eram os meus amigos que moravam em casas mais humildes que a minha. Eram casas feitas de taipa, bem rudimentares. Um detalhe que gostaria de comentar: nunca ouvi um disparo de arma de fogo, nem assaltaram a minha casa.  O bairro era a Cidade Nova e eu morava na principal via, a Ladeira do Ypiranga. Sai de lá em setembro de 75 e mudei para o Rio de Janeiro em fevereiro de 76.

4. Dos 16 aos 30 (1990)

Quando fiz 13 anos, ganhei um brinquedo chamado “Meu primeiro Laboratório de Química” ou algo parecido com isso (afinal faz muito tempo, né!) e descobri minha vocação. Fiz vestibular para Química na Escola Técnica Federal da Bahia no final do ano de 75. Em fevereiro de 76,  mudamos para o Rio de Janeiro. Descobri nesse ano minha veia poética. Eu fiquei 6 meses, ou seja, de fevereiro a agosto de 76. Voltei para Salvador para cursar Química. Deixei meus pais e irmãos no Rio de Janeiro e vim morar sozinho com a minha irmã mais velha, marido e filha e era eu quem acordava nas madrugadas para dar a mamadeira da minha sobrinha. Como eu não pagava o aluguel não dava para reclamar….rsrsrs!

Meus pais voltaram no início de 77 (saudades da terrinha). Eu continuei morando sem eles. Dessa vez, com a minha avó postiça, madrinha do meu pai, que havia ficado viúva em janeiro desse ano. Morei com ela até agosto de 78. Terminei o curso em dezembro de 79 e ingressei na Petrobras três meses antes. Durante 10 anos fui técnico químico, mas tive que me afastar do meu sonho (lembram daquele brinquedo que eu ganhei?), porque tive um doença profissional (leucopenia) e me reabilitaram num cargo administrativo. Casei em 85, separei em 97. Tive 3 filhos nesse intervalo de tempo; todos homens, dois com minha ex. Antes, em 84, comecei a cursar Matemática na UCSal, mas interrompi no terceiro semestre, porque não dava para pagar meu curso e o da minha ex, que fazia Pedagogia. Para convencê-la e a mim mesmo da desistência, disse-lhe não estar gostando do curso. Só retornei os estudos no final de 89, porque prometi ao meu pai que ia voltar a estudar. Meu pai tinha carcinôma no pulmão, diagnosticado em 88 e seis meses de vida dado pelo médico. Não deveria estar vivo desde o Natal daquele ano, mas ele era um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial e não desistia fácil.  Eu cumpri minha promessa passando em Ciências Contábeis e Administração de Empresas, na mesma Universidade onde havia ingressado em Matemática 5 anos antes, mas ele morreu no dia 20 de março de 90, três meses depois, segurando minha mão. Era o início do governo Collor e uma semana antes houve o confisco do nosso dinheiro. Não tínhamos dinheiro para enterrar nosso pai e eu pedi adiantamento de férias para pagar o enterro. Sobrevivemos.

5. Dos 30 aos 40 (2000)

Em 95, me formei em Administração, aos 36 anos. Meus 3 filhos, o mais velho Diego com 8 anos, João Pedro com 6 e Yang com 4, subiram ao palco e me entregaram o diploma, juntamente com a minha mãe. Senti a presença do meu pai nesse dia pelas mãos dos meus filhos. Divorcie-me em 97. Em 98, resolvi recomeçar tudo e me mudei sozinho para o Rio de Janeiro. O divórcio me deixou um carro, uma mala e muitas dívidas. Nesse ano, fiz concurso externo para Administrador na Petrobras e passei. Apesar de ser empregado desde 79, não há promoção automática, só através de concurso externo. Em 99, mudei para Curitiba. Em 2000, depois de 20 anos na empresa, finalmente pude realizar meu sonho de ser reconhecido como profissional. Só tinha um pequeno problema: eu teria que retornar ao Rio de Janeiro para assumir novo cargo. Voltei. Deixe minha atual esposa fazendo mestrado durante 2 anos e meio morando sozinha. Para tornar tudo um pouco mais complicado, quando voltei ao RJ, em 2000, assumi a guarda de 2 dos meus filhos do meu ex-casamento. Eles tinham 12 e 8 anos, à época, .

6. Dos 40 aos 50 (2010)

Casei pela segunda vez no final de 2002 e comecei tudo de novo. Nesse mesmo ano, fiz novo concurso externo para Administrador, dessa vez com experiência comprovada. Passei pela segunda vez.  Estava com saudades das fraldas e mamadeiras – que me perseguem desde que fui morar com a minha irmã mais velha, lembram? em 2007, nasceu meu quarto filho homem. Minha atual esposa realizou o sonho de ser mãe. Meu filho está comigo na foto de perfil, nos meus ombros. Nesse mesmo ano, meu mais velho, então com 19 anos, foi morar em Dublin. Era o meu sonho realizado através dele. Eu amo os meus filhos, mas sentia que estava faltando alguma coisa. Em 2008, retornei para Curitiba, de onde havia saído em 2000. Adoro a Cidade, seu jeito cidadão, os parques e a vida cultural. Não gosto do frio curitibano, nem dos frios curitibanos, mas gosto do inverno. Finalmente, descobri em outubro de 2009 o que estava sentindo falta na minha vida. Nasceu a Clara com 49 cm e 3,43 Kg.

Esse é o resumo atual da minha provável metade de vida. Os outros 50 anos estão apenas começando…

Como fui educado por um militar e aprendi a seguir REGRAS, as repasso aos 6 eleitos por mim:

a) Vocês podem eleger até seis amigos (as) e repassarem o MEME;
b) Colocar o link dos blogs listados;
c) Avisar o (a) amigo (a) sobre a postagem;
Deixar um comentário no respectivo Blog.

Os Eleitos!

1. Valdeir, autor do blog http://www.ponderantes.com.br/

2. Thales Maciel, autor do blog http://studiodown.blogspot.com/

3. Letícia Castro, autora do blog http://babelpontocom.blogspot.com/

4. Marcelo Souza, autor do blog http://www.variedadesedicas.com/

0 thoughts on “Seis? Coisas que você não sabe sobre mim…”

  1. Herval,

    Sinto-me um felizardo pela sua indicação.

    Muito obrigado, obrigado mesmo.

    Eu irei fazer o mesmo em meu blog,mas não sei quando, pois, ao contrário de você, eu sou tímido. Sério.

    Mas o melhor disso, é saber que você me considera como amigo.

    Abraços, Herval e que Deus o abençoe sempre.

    1. Caro Lucas,

      Você tem grandes exemplos em casa: seus pais, meus amigos. A sua mãe, minha grande amiga Pastoira, ajudou-me a realizar parte desses sonhos.

      Abraços, Herval

  2. Herval,

    Amigo, que vida cheia! Até pareces eu com os biberons (mamadeiras), a minha filha mais nova tem menos 10 anos que o meu filho mais velho, porque fiquei cheia de saudades! rsrsrsrsr

    Realmente és uma pessoa muito persistente e autoconfiante. Fiquei maravilhada com as tuas andanças, até conseguires fazer o que realmente te dá prazer. Parabéns, amigo! Adorei conhecer-te.

    Grande abraço
    Luísa

  3. Seis coisas que não sabia de você, mas que imaginava.
    O eterno recomeço na vida é uma maravilha. Não importa o que faça, ao menos penso eu, sempre faltará algo. Isto me apaixona todos os dias.
    Parabéns pelo texto, pela vida.

    Um forte abraço!

  4. Meu amigo Herval,

    Parabenizo sua grande perseverança. Você é um herói por ter passado por tudo isso e não se deixar contaminar com o lado negativo da vida.
    Que Deus o abençoe.

    Abraços,

    Assis Azevedo

  5. Herval, você tem tido uma vida de muitas lutas, contrariedades e muitas alegrias também, mas há ainda uma estrada muito longa em que poderá realizar muitos e muitos sonhos.
    Gostei muito de conhecer a sua história.
    Um abraço.
    João

  6. Olá Herval!
    Gostei de estar aqui, sabendo um pouco mais de você!
    Foi animada sua vida, não é? Vida é movimento e mudanças (eu que o diga!).. Fiquei emocionada com sua formatura. Maravilha, ter filhos e amá-los. São nosso tesouro! Felicidades, com sua família!
    Abraço grande, Vera.

    1. Oi, Vera!

      Obrigado pela gentileza das suas palavras. Tenho apenas uma pequena ressalva: com a chegada dos pequenos, minha vida ainda continua muuuuuuito animada!

      Abraços, Herval

  7. Herval, como é bom poder conhecer um pouco das pessoas que temos alguma presença na vida, mesmo que virtual. Eu achei engraçado como vc foi dividindo em etapas, parece um índice, bom… é uma sucinta biografia.
    Quantos filhos! Eu adoro crianças e só tenho uma.
    Foi bom saber mais de ti.

  8. Muito legal.
    Sua persistência é um fato marcante em sua vida
    Obrigado por narrar com sinceridade, fases da sua vida com riqueza de detalhes

  9. Oi Herval, desculpe a demora, mas cá estou. Adorei a sua narrativa. Temos um especialista em Recomeços aqui e uma pessoa com uma maravilhosa vocação para as alegrias e sobressaltos da paternidade.

    Penso que persistência e auto-confiança são características dos vencedores, a persistência porque você continua quando muitos já desistiram e a auto-confiança porque ela o impede de “amarelar” quando as coisas ficam mais emocionantes. E você tem as duas. Maravilha!

    Nosso conhecimento é recente, mas algumas características suas que vi aqui já foi possível imaginar.

    Pelo que vi, você resgatou as regras que esqueci completamente… Também fui educada por um militar, acho que por isso não gosto muito de regras…rs.

    Tenho aprendido que os desafios que a vida nos traz, são diretamente proporcionais a nossa capacidade de enfrentá-los, portanto, seus próximos 50 anos prometem…

    Abs, amigo!

    1. Denize,

      A minha vida comentada através das suas palavras ganha uma importância ímpar, porque você tem a capacidade de “sentir” as palavras e tê-las como amigas. Digo isto pelo fato de terdes sintetizado muito bem aquilo que entendo ser o meu melhor: a disposição para recomeçar e acreditar que esse recomeço é minha resposta para todos aqueles que desistem, quando encontram a primeira pedra no seu caminho.

      Abraços, Herval

  10. Herval,

    Muito bom o seu “conto”!

    Sua sobrinha deve se “amarrar” em você, um “babá” muito responsábel… rs.

    Cara, parece que ninguém arriscou dizer o número de filhos. A Sissym disse “quantos filhos!”… rs.

    Achei engraçado dizer que baiano não nasce, estréia. Parece que está no sangue do baiano algo como “produzir estrelas” – filhos… rs.

    Parabéns pelo lindo meme!

    Gostei muito de conhecer um pouco mais sobre você.

    Abraço do amigo,

    Antonio

  11. Olá Herval,

    Me identifiquei com este Pequeno Laboratório de Quimico, aliás quando fiz meu ensino médio (na época 2º grau), faziamos as aulas práticas no laboratório. Até achei que seguiria o ensino superior em quimica ou biologia, mas o amor “bandido” por Física me fez prestar vestibular na UFRGS, não sei se por sorte ou por azar não fui aprovado. Tudo bem que depois fiz para Administração de Empresas e fui aprovado, onde sigo até hoje.

    Abraço

  12. Muito legall , acredite… tem coisas que eu morreria e não saberia… Adorei!! Parabéns por esta carreira brilhante, exemplo a ser seguido… Que os próximos 50 anos seja repletos de felicidades, fruto do que plantou durante a sua trajetória!!!

  13. Que linda sua história de vida Herval, adorei! que persistência, que exemplo de superação. Parabéns pela sua família, que filhos lindos! é mesmo uma benção, tudo que você vive. Parabéns. Um grande abraço.

  14. …”e vim morar sozinho com a minha irmã mais velha, marido e filha e era eu quem acordava nas madrugadas para dar a mamadeira da minha sobrinha. Como eu não pagava o aluguel não dava para reclamar”.
    Herval, muito digna a sua trajetória, mas tenha a certeza de que a sua valiosa ajuda naquelas noites refletiram em sua vida, para que soubesse criar aos seus filhos, dos quais vc se tornou pai e mãe. Jamais teria o valor miserável de um simples aluguel, até porque não existe dinheiro que pague carinho, afeto, amor.Obrigada por lembrar de mim, mas esqueceu um detalhe importante:muito lhe incentivei a ir em busca dos seus objetivos e me orgulho de em alguma forma ter contribuído. Kátia

  15. Olá querido amigo Herval,

    Sua história de vida é emocionante, com sonhos e recomeços. A sua perseverança contínua o revelou um vencedor, que conseguiu, apesar de tantos percalços durante sua jornada, atingir seu objetivo inicial.
    Fiquei maravilhada com tudo que narrou e terá ainda a outra parte de sua caminhada para mais realizações e novos recomeços, pois você, querido amigo, não é daqueles que se aquieta e deixa a vida rolar, mas vai em busca de novas emoções e de realizar novos sonhos.
    Que Deus esteja sempre presente em sua vida e que seja muito feliz.
    Carinhoso e fraterno abraço,
    Lilian

  16. Nossa! Que vida completa de idas e vindas. Adorei conhecer você um pouco mais e aproveito para desejar que essa família numerosa seja diariamente iluminada e feliz.

    Beijocas

    1. Augusto,

      Obrigado por comentar, amigo. Visitei seu blog, muito interessante por sinal. Vou segui-lo, até porque vejo que terei mais mudanças no meu futuro. O que você tem a me dizer….

      Estou pensando em enviar-lhe um e-mail…

      Forte abraço, Herval

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