Sobre jabuticabas e morangos

Recebi de um amigo um texto muito interessante que falava sobre jabuticabas. Enquanto somos jovens, quando temos ao nosso dispor uma bacia de jabuticabas, sem pressa, chupamos uma após a outra, na certeza de que elas não acabarão. Contudo, ao percebermos que faltam poucas, roemos as jabuticabas até o caroço. O texto, na sua essência, continha uma mensagem, subreptícia, que nos leva a refletir sobre a importância das coisas e quanto tempo nos dedicamos a elas.

Recebi de um amigo um texto muito interessante que falava sobre jabuticabas.

Quando somos jovens e temos ao nosso dispor uma bacia de jabuticabas, sem pressa, chupamos uma após a outra, na certeza de que elas não acabarão. Contudo, ao percebermos que faltam poucas, roemos as jabuticabas até o caroço. A mensagem nos leva a refletir sobre a importância das coisas e quanto tempo nos dedicamos a elas. Decerto que não devemos perder nosso precioso tempo com bobagens, principalmente se já passamos de meio século de vida; quanto a isso, eu concordo. Todavia, como tudo na vida, cada um de nós possui diferentes interpretações sobre aquilo que é ou não importante, sendo que discutir o sexo dos anjos concordamos todos não é nada importante!

Com o passar dos anos, percebe-se que egos inflados e vaidades descabidas não faz parte da nossa ordem do dia e passamos a identificar, rapidamente, as pessoas cujo ego e vaidades são tão demasiadamente inflados e descabidos, que se imaginam até possuir algum poder divino. Essas pessoas se tornam míopes e insensíveis, como um elefante que ao caminhar pela floresta esmaga uma formiguinha, não por maldade, mas por ser tão imenso e se sentir tão poderoso, simplesmente não enxerga a formiga no seu caminho.

Antes que me perguntem sobre os morangos citados no título do post, vou contar-lhes uma rápida história, que dizem ter sido real.

Certo dia, caminhando pela floresta, um caçador deu de cara com um imenso urso. Apontou-lhe a espingarda, apertou o gatilho, mas o tiro não saiu, porque a arma estava sem munição. Só lhe restou então correr o máximo que podia para escapar das garras do urso. Para seu azar, o caminho escolhido terminava num precipício. Ele tentou voltar, mas o urso estava a poucos metros. Não pensou duas vezes e se jogou, caindo sobre alguns arbustos. No fim do precipício havia um rio infestado de crocodilos.

Já sem saber o que fazer, o caçador olhou para o lado e viu, ao alcance de sua mão, um pequeno pé de morangos, com a mais linda fruta que ele já vira, brilhando ao sol. Esforçando-se para estender um dos braços, apanhou o morango, trouxe-o para perto do seu rosto, olhou-o com prazer, sentiu seu aroma delicioso e se deslumbrou com suas cores. E, em pensamento, exclamou: ‘Ora, dane-se o urso… Ora, danem-se os crocodilos…. E comeu o morango prazerosamente, deliciando-se com seu sabor doce e especial”.

O que isso significa? Em geral, as pessoas só têm olhos para as desgraças da vida. E isso as afasta da felicidade. Tudo o que elas fazem é reclamar dos problemas, muitas vezes sem fazer coisa alguma para resolvê-los.

*Para ser feliz, é preciso que você reserve um espaço em sua vida para apreciar as coisas boas que existem ao seu redor. É preciso saber apreciar os morangos da vida, apesar dos ursos e crocodilos que estejam querendo devorá-lo.

*Trecho retirado do livro “Todo Dia É Dia de Ser Feliz“, de Gilberto Cabeggi – Editora Gente. No livro, o autor cita onças, mas eu prefiro crocodilos…rsrs

0 thoughts on “Sobre jabuticabas e morangos”

  1. Olá Herval,

    Eu concordo plenamente com o texto. De uma maneira geral as pessoas são fatalistas, penso até que algumas cultivam a desgraça, depois a felicidade passa-lhes ao lado!

    Grande abraço
    Luísa

  2. Herval,

    Penso da mesma forma.

    Costumo dizer que perdemos muito tempo da vida tentando procurar fio em cabelo de ovo.

    A vida nos reservas grandes coisas, que só enxergamos queando deixamos de gastar energias em coisas desnecessárias.

    É preciso sempre olhar mais os pés de morangos do que os ursos, precipícios e jacarés da vida.

    Abração, Herval, e tenha um ótimo domingo.

  3. Meu amigo Herval,

    Esse texto é a uma verdadeira realidade de nossas vidas. Se pararmos para refletir iremos descobrir que as coisas boas da vida vão passando, enquanto nos prendemos as mesquinharias que se vão nos apresentando.
    Não podemos perder tempo, pois ele não espera por ninguém. Na sua pequena biografia vi que você teve uma certa doença, isso significa, que não sabemos até quando o tempo vai nos esperar. Por isso, paremos e vamos degustar os morangos e o resto que se dane, conforme o texto.

    Abraços,

    Assis Azevedo

    1. Caro amigo, Assis

      Por ter trabalhado durante 10 anos com química e por ter um organismo suscetível, adquiri uma doença profissional que me impediu de continuar exercendo minha primeira profissão. A leucopenia caracteriza-se pela diminuição dos glóbulos brancos no sangue, sendo estes os responsáveis pelo ataque a células infectadas. O diagnóstico foi feito e a recomendação era o completo afastamento do contato com substância mielotóxicas: aquelas que agridem a medula. E foi o que eu fiz. O resultado disso é que me tornei um administrador de empresas. Como dizem, há males que vem para o bem.

      Forte abraço, Herval

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