A mim, me basta

Um certo sentido de vida tomou conta de mim

Não mais que de repente

Aflorou em profusão e overdose

Todos os sons e cheiros

Todas as visões e toques

Mas o seu gosto é único.


De todos os sabores que provei

E tudo o mais que degustei

Nada me saciou

Nada me bastou

Nada me preencheu

Só você me abastece

Embora eu sempre dissesse

Que estou farto de você.

0 thoughts on “A mim, me basta”

    1. Obrigado, Jorge Alberto!

      Hoje, tive mais tempo para visitar seu espaço e comentar “Por que os super-heróis voam?”

      Abraços, Herval

      Ah, tomei a liberdade de adicionar seu link no meu blog!

  1. Nossa Herval que poesia intensa..elétrica.. sensual.
    Parabéns, gostei.
    Beijos no coração
    Márcia Canêdo

  2. Olá Herval!!! Uauuu…que lindo e profundo:
    De todos os sabores que provei

    E tudo o mais que degustei

    Nada me saciou

    Nada me bastou

    Nada me preencheu

    Só você me abastece

    Embora eu sempre dissesse

    Tenho fome de você.

    Adorei demais…vou dizer isso ao meu marido AGORA mesmo!!! rsrsrs
    Grande abraço,
    Jackie

    1. Oi, Zadia!

      Conheço, sim, claro! Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d’Arco, no município de Sapé, estado da Paraíba. Ele morreu jovem, aos 30 anos. Não lembrava muito das suas poesias, mas recortei um trecho de uma delas: “Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me”.

      Obrigado por comentar. Abraços, Herval.

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