cotidiano

BahiAfra (poesia)

Eu vi!

Uma estrada poeirenta e sinuosa

Cortando o chão quase estéril!

E um povo miserável procriando

Uma vida sem futuro; vi a fome.

Eu vi crianças!

O futuro sem presente

Todas elas subnutridas e doentes

Mãos vazias e suplicantes

Estendidas para o alto; vi abandono.

Eu vi muitos olhos sem brilho

Muitos corpos esquálidos

Muitas barrigas vazias

Muita fé em Deus; vi inocência

No caminho de volta

Pensei em tudo o que vi

Depois da curva na estrada

Começava a cidade grande; não vi mais nada.

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